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Cap. 18

Ilustração com a silhueta de uma pessoa caindo através de uma porta. No canto direito superior, localiza-se uma placa com o texto CENTRAL GENERAL STORE.

O saloon de New Heaven é um estabelecimento maior, mais limpo e iluminado do que o saloon do Ramirez. Alguns homens jogam baralho, outros bebem, mas todos ficaram olhando quando a dupla entrou no recinto e mais ainda quando começaram a discutir.

Mas, tão logo Wayne começa a passar os olhos pelo local, todos desviam seus olhares, voltam aos seus vícios ou mesmo saem do saloon.

Do lado de fora, Augustus se lembra de ter passado por um armazém com artigos femininos quando entravam na cidade. Ele segue até o local e, logo ao entrar, depara-se com o indígena que o acompanhou na viagem discutindo com o dono do estabelecimento.

Dono do armazém: — Você acha que sou cego ou burro? Dois dólares? Por isso?

Indígena: — São peles de cascavel. Difícil de conseguir.

Dono do armazém, segurando dois pedaços de pele de um tom marrom esverdeado: — Isso nem é pele de cobra!

Indígena, com expressão indignada: — O que você entende de cobra para dizer que estou tentando te enganar?

Dono do armazém: — Sei o suficiente para saber que cobras não têm pernas.

Nesse momento, um grupo de pessoas já se juntava no armazém para acompanhar a discussão.

— Quem deixou esse índio safado entrar na cidade? - pergunta revoltado o dono do armazém.

Enquanto alguns dos presentes repetiam a pergunta, o indígena aponta para Augustus: — Eu vim com ele.

Todos os olhares convergem para Augustus.

Dono do armazém: — Ah! Então você é amigo de índios, não é?

Nem dá tempo para uma resposta.

— Fora! – grita o comerciante. — Não vendemos para seu tipo de gente. E avise seu amigo índio que não compramos deles também.

Augustus percebe que, novamente, o indígena havia sumido na aglomeração. Ele se vira e começa a sair do local, quando recebe um pontapé que o faz ir tropeçando até cair na rua em frente à loja.

Ele se levanta, bate um pouco da poeira para fora da roupa e se prepara para voltar ao armazém, afinal, precisa comprar o chapéu para o xerife, mas, assim que sobe para o passeio, um pequeno cartaz chama sua atenção.
 

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